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INTEGRAÇÃO AGRICULTURA E PECUÁRIA

INTEGRAÇÃO AGRICULTURA E PECUÁRIA Integração agricultura com pecuária



A integração agricultura com pecuária mudará o perfil do campo totalmente. Produtores rurais que já adotaram a técnica obtiveram ganhos na lavoura e do rebanho. O setor agropecuário está passando por um processo de transição sócio-econômico e agro-ambiental e apesar de lento e silencioso, observa-se a expansão do plantio direto, a consorciação de lavouras e forrageiras, a preocupação de utilização racional da água e de agroquímicos e a necessidade de maior competitividade e sustentabilidade, dentre outras. Estas alternativas visam à redução nos custos de produção, uma vez que, tanto a recuperação da produtividade de áreas de agricultura como sob pastagem, pelos métodos tradicionais, tem acarretado grandes dispêndios com insumos químicos. A competitividade e a sustentabilidade são requisitos essenciais em tempos de globalização da economia. No Brasil, entretanto, os produtores e técnicos enfrentam grandes desafios, às vezes desleais, como as barreiras comerciais aos produtos, o oligopólio dos fornecedores de insumos, os subsídios dos produtos nos países concorrentes e a grandiosa extensão geográfica, aliado ainda à falta de alternativas de transporte que faz com que nosso frete seja um dos mais caros do mundo. Isto tudo obriga ao aprimoramento de processos de produção, com maior produtividade e menor custo.
A técnica da integração agricultura com pecuária melhora à capacidade produtiva do solo depois de dois, três ou quatro anos, quando o local (uma pastagem degradada) é devolvido com um nível de fertilidade muito maior. Em plantio direto com calcário aplicado na superfície, complementado pelo uso de gesso agrícola, o que corrige a acidez do solo e facilita a integração. Os benefícios aparecem de imediato. A fertilidade do solo é melhorada com adubos, as plantas invasoras eliminadas e como a agricultura apresenta os seus lucros mais rápidos que a pecuária, eles pagam a reforma do pasto que sai praticamente de graça para o produtor.
O custo de produção da pastagem é barateado e por conseqüência o preço da arroba de carne e, quando bem conduzido, dentro de uma boa tecnologia (calcário e adubos corretos), pagam totalmente a reforma do pasto. Já para a agricultura, o benefício mais visível é a eliminação de problemas típicos da agricultura como o aparecimento de doenças e pragas, características da monocultora e da agricultura muito intensiva.
O plantio de braquiária funciona como rotação de cultura na limpeza e sanitização do solo e na eliminação de fungos. Um pasto degradado, geralmente, é fácil ser transformado em agricultura por estar próximo aos centros de industrialização de adubos, calcário e insumos agrícolas de toda ordem, assim como dos centros de consumo dos produtos agrícolas. Os primeiros resultados desta prática apareceram no Estado do Mato Grosso de Sul, no município de Maracajú, onde os produtores perceberam primeiro que o resultado da integração era muito bom. Eles notaram que a soja cultivada depois de um pasto degradado produzia mais, mas caía com a repetição da cultura, o mesmo acontecia com as pastagens. No início, optaram pela rotação de três em três anos para depois reduzirem para dois somente, os melhores em produtividade, tanto de soja, quanto de braquiárias. A soja é plantada logo após o capim que chega a produzir 68 sacas/ha no primeiro e segundo ano. Essa mesma soja plantada sobre soja, dificilmente produziria 50 sacas/ha .
Como a integração aumenta a produtividade, quando as braquiárias são introduzidas após a soja, elas conseguem produzir até 30 arrobas de carne por hectare, uma produção bem alta que cai no segundo ano para até 15 arrobas e caso fosse pasto contínuo, apenas 12 arrobas por hectare seriam conseguidas durante três ou, no máximo, cinco anos. Outras experiências de produtores de soja que após a sua colheita a alternam com milheto, soja e novamente milheto, deixando o gado pastar este último, enquanto outros alternam milho de verão (150 sacas/ha) com braquiárias e em outra área de soja (58 sacas/ha) com milho safrinha (90 sacas/ha) e braquiárias alternadamente, tudo no Sistema Santa Fé difundido por todo o Brasil, de Sul a Norte.

Fonte: Feijão Irrigado – Tecnologia & Produtividade
(Editores: A. L. Fancelli e D. Dourado)
Revista Campo & Negócios – No. VII