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A ESCOLHA DA PASTAGEM CORRETA PARA OS OVINOS.

A ESCOLHA DA PASTAGEM CORRETA PARA OS OVINOS. A ESCOLHA DA PASTAGEM CORRETA PARA OS OVINOS.


A ovinocultura brasileira é uma atividade que vem crescendo nos últimos anos devido à expectativa de aumento nos ganhos e de diversificação de atividade em algumas propriedades.
O tamanho do rebanho brasileiro é bastante discutível, mas de acordo com o IBGE, ele não parou de crescer desde o ano de 2003, quando já ultrapassava os 14.500.000 de cabeças. Sendo que as projeções do FNP indicam que em 2007 esses animais ultrapassem os 16 milhões de cabeças. Cerca de 85% do rebanho ovino nacional está concentrado nas regiões nordeste e sul do país.
Para que a ovinocultura continue crescendo em todo o território brasileiro é necessário dar atenção aos aspectos que envolvem o manejo nutricional, juntamente com a genética e a sanidade. Neste caso o manejo nutricional é a chave para o sucesso da atividade.
A nutrição é um dos fatores que mais influenciam o desempenho das ovelhas, desde o estabelecimento da puberdade até o número de cordeiros produzidos durante a vida útil do animal segundo Rassu et. al., 2002.
Também temos que estar muito atentos a sanidade, pois a verminose é um dos principais problemas desses animais, a qual está intimamente relacionada ao estado nutricional dos animais.
A contaminação dos ovinos por vermes acontece naturalmente. Mais de 95% dos vermes estão presentes na pastagem. Um manejo sanitário e nutricional ineficiente pode agravar os problemas causados pelas verminoses.
Com o objetivo de diminuir essa infestação é recomendado se praticar o pastejo misto entre espécies, integrando a ovinocultura, com a exploração zootécnica de outros herbívoros, para isso é necessário escolher espécies forrageiras que tenham aceitabilidade e seja indicada para a outra espécie animal que se deseja trabalhar.
No caso de bovinos (bezerros) ou eqüinos, podemos utilizar o capim híbrido Áries, que é um cultivar da espécie Panicum maximum, que é bem aceito tanto pelos ovinos, bovinos e eqüinos. Além disso, é uma planta que apresenta boa produção de forragem por hectare, porte baixo o que facilita o pastejo dos animais, excelente rebrota após o pastoreio, possui tolerância a solos que apresentam certo grau de encharcamento temporário, possui excelente aceitabilidade pelos animais e com uma digestibilidade superior a 70% o que garante um excelente aproveitamento pelos animais desta forrageira.
Se não bastasse isso, o capim híbrido Áries, é reproduzido por sementes, facilitando e ao mesmo tempo diminuindo os custos de plantio, quando comparado as espécies do gênero cynodon ( coast-cross, tifton, estrela etc...), que são reproduzidos por via vegetativa, que necessitam de grande quantidade de material vegetativo (mudas) e mão de obra, encarecendo o plantio.
Além desses fatores, também podemos citar que essas forrageiras (cynodon) apresentam hábito de crescimento estolonífero (próximo ao solo), favorecendo a infestação dos ovinos pelas verminoses. Isso ocorre porque os helmintos (vermes) ficam alojados nas gotículas de água provenientes do orvalho que se forma a noite. Na manhã seguinte, esse orvalho demora a secar nas pastagens que possuem espécies de hábito mais rasteiro, por conta da dificuldade de penetração dos raios solares na massa de capim.
O mesmo não ocorre com o capim híbrido Áries, em função do seu hábito de crescimento ser ereto, permitindo os raios solares penetrarem mais facilmente em suas touceiras, fazendo com que as pontas de suas folhas sequem mais rapidamente pela manhã e force os helmintos a migrarem mais para a base da touceira para se proteger do sol, como os ovinos possuem o hábito de pastejar apenas as pontas das folhas do capim, a migração, dificulta a infestação do rebanho por esses vermes através do pastoreio.


Marcelo Ronaldo Villa
Engenheiro agrônomo – Mestre em Solos e Nutrição de Plantas
Dpt. Técnico do Grupo Matsuda

Fonte: Matsuda