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COMO SUPERAR OS MAIORES DESAFIOS DO CAMPO.

COMO SUPERAR OS MAIORES DESAFIOS DO CAMPO. Como superar os maiores desafios do campo.


Deficiências de infra-estrutura e alta carga tributária são os grandes entraves para sustentar o crescimento do agronegócio


Os produtores brasileiros devem colher neste ano a maior safra de grãos da história do país. O último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta para uma produção de 142 milhões de toneladas, quase 8% mais do que na safra passada. As condições climáticas favoráveis dos últimos meses e o aumento dos investimentos em insumos como sementes e adubos sustentam a previsão de produção recorde. Os últimos meses têm sido de inteiro crescimento do agronegócio brasileiro, setor visto cada vez mais como estrangeiro. No front externo, a alta dos preços dos alimentos é uma questão que preocupa, mas o Brasil, dono da maior fronteira agrícola do mundo, é visto como um dos países que mais poderão se beneficiar com o aumento da demanda internacional e a criação de novos mercados.

Esse cenário positivo se traduz no otimismo dos executivos no comando de 121 das maiores empresas do agronegócio ouvidos numa pesquisa do Anuário EXAME. A maioria dos entrevistados acredita que sua empresa crescerá mais neste ano do que em 2007. Nada menos que 86% deles pretendem investir mais do que em 2007 ou, pelo menos, manter o nível dos aportes feitos no ano passado. Questionados sobre quais são os principais entraves ao desenvolvimento do agronegócio brasileiro nos próximos anos, os empresários destacam dois pontos: infra-estrutura deficiente (76%) e elevada carga tributária (75%). Para a maioria (68%), a solução desses problemas depende principalmente do governo - nenhum dos entrevistados apontou o setor privado como o principal responsável pela resolução dos gargalos. Nos próximos anos, segundo 46% dos empresários pesquisados, o maior desafio do setor é reduzir o custo Brasil e aumentar a competitividade.

Para atacar os problemas de infra-estrutura, o governo federal lançou, no início de 2007, o Programa de Aceleração do Crescimento, que prevê investimentos de 504 bilhões de reais até 2010 em projetos de infra-estrutura, incluindo 58 bilhões de reais nas áreas de logística e transporte. O ritmo de implantação das obras, no entanto, está bem aquém do desejável. Nos cinco primeiros meses deste ano, houve desembolso de menos de 1% dos quase 16 bilhões de reais do orçamento federal previsto para o PAC em 2008. A lentidão do programa não é o único problema. Para o professor Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Estudos Logísticos da Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, o que falta ao país é um plano estratégico de criação de corredores logísticos para o escoamento de produtos, com a integração de rodovias, hidrovias, ferrovias e portos. "O PAC é uma lista de obras de engenharia, e o que o país precisa é de um projeto de inteligência logística", afirma Resende. O governo, por meio do Ministério dos Transportes, começou há dois anos a elaborar esse projeto amplo de logística - o Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT) -, mas o esboço ainda não foi finalizado. "O bom funcionamento do PAC depende deste plano", diz Resende.

Fonte: EXAME.