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EMPRESAS QUEREM REFORÇAR PLANTIO DE NÃO TRANGÊNICOS.

Publicada em 24/09/2008 às 11:36:51

EMPRESAS QUEREM REFORÇAR PLANTIO DE NÃO TRANGÊNICOS.Empresas querem reforçar plantio de não-transgênicos


Para ampliar as vendas de grãos nos mercados interno e externo, grandes empresas brasileiras criaram uma associação de grãos não-geneticamente modificados. Elas vão divulgar a iniciativa no exterior.

Marina Sarruf marina.sarruf@anba.com.br Marina Sarruf/ANBA
César Borges de Sousa: há espaço para trabalhar com o produto
São Paulo – Para aumentar o plantio, aprimorar a produção e reforçar a imagem do Brasil como exportador de grãos não-transgênicos, um grupo de empresas lançou ontem (09) a Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não-Geneticamente Modificados (Abrange). “Nós observamos que temos espaço para trabalhar com esse tipo de produto e resolvemos fundar a entidade”, afirmou o presidente da associação, César Borges de Sousa, que também é o vice-presidente da Caramuru Alimentos, uma das principais companhias de commodities agrícolas do país.

De acordo com ele, com a criação da Abrange, o Brasil se firma como o maior produtor certificado de grãos e derivados não-geneticamente modificados. A última safra brasileira de soja, por exemplo, principal grão exportado, foi de 60 milhões de toneladas, sendo 24 milhões de toneladas de grãos não-transgênicos.

Atualmente, a Europa é o principal mercado brasileiro para esses grãos. “Enquanto a União Européia tiver interesse em adquirir grãos não-transgênicos, empresários brasileiros vão continuar tendo interesse em produzir”, disse Sousa.

Para divulgar os grãos brasileiros no exterior, a Abrange planeja participar de eventos internacionais a partir de 2009. Entre os locais que serão visitados pelos executivos da associação estão Bruxelas, Inglaterra, França e Alemanha.

Segundo o gerente de desenvolvimento de mercados da Imcopa, uma das associadas, Osíres de Melo, além do mercado europeu, países asiáticos como Coréia e Japão também são adeptos da soja não-transgênica. “O tofu e o shoyo, por exemplo, só se fazem com soja não-transgênica”, disse Melo, que integra a diretoria da Abrange.

Marina Sarruf/ANBA
Diretoria da Abrange, entidade lançada ontem
De acordo com ele, um outro ponto a ser observado é que a demanda externa por carnes do Brasil é cada vez maior e muitos mercados exigem que nenhuma matéria-prima não-transgênica tenha sido utilizada na ração animal. Para incentivar os produtores a trabalhar com a soja não-geneticamente modificada, por exemplo, as empresas brasileiras vão continuar oferecendo prêmios por sacas aos produtores.

Segundo Melo, a perspectiva da Abrange é de continuar aumentando a produção de grãos não-transgênicos e conseguir garantir o fornecimento da matéria-prima para o exterior. “A Abrange tem um papel fundamental, que é contrapor algumas idéias que estão sendo veiculadas de que não vai haver espaço para grãos não-transgênicos”, disse. Ele acrescentou que é preciso ter planejamento. “Os compradores precisam entrar em contato com a gente para a gente saber qual é a demanda deles”, afirmou.

A demanda anual da França por farelo de soja, por exemplo, é de 5 milhões de toneladas, sendo cerca de 20% não-transgênicas. “É um volume muito alto. No ano passado faltou produto para atender toda a demanda”, disse Melo. Para o próximo ano, a Imcopa vai esmagar 2 milhões de toneladas de soja, sendo que mais de 20% já estão compradas.

No Caso da Caramuru Alimentos, a empresa processa 1,5 milhão de toneladas de soja. “A nossa produção é toda demandada”, afirmou o diretor da empresa, Weslley Sousa Rezende. Com sede em Goiás, a Caramuru conta com mais de 4 mil produtores de grãos. A produção da empresa é de 2 milhões de toneladas de soja não-transgênica, o que representa um terço da produção dos grãos de todo o estado.

Goiás está entre os principais estados brasileiros produtores de soja não-transgênica, além de Mato Grosso, Paraná, Tocantins e Bahia. As seis empresas fundadoras da Abrange são: Grupo André Maggi, Brejeiro, Caramuru Alimentos, Imcopa e Vanguarda. O Grupo Maggi é o maior do país na área de soja.


Fonte: ANBA