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O VALOR DE UM BIOMA.

Publicada em 13/10/2008 às 11:27:37

O VALOR DE UM BIOMA.O valor de um bioma.

US$ 112 bilhões por ano. Esse é o preço do Pantanal, ou melhor, do bioma da região. O cálculo foi feito pelo pesquisador da Embrapa Pantanal, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, André Steffens Moraes e está disponível no site www.cpap.embrapa.br/teses. Moraes investigou a relação entre a atividade pecuária e a preservação da região pantaneira. O material está na tese dele, que foi defendida recentemente da Universidade Federal de Pernambuco (UFP).

O trabalho também mostrou ser viável criar gado no Pantanal, embora a rentabilidade possa ser baixa para a maioria das fazendas, e altamente variável, em função de diferentes características de cada propriedade. Os resultados também mostram que é economicamente atrativo desmatar para introduzir pastagem cultivada, pois as fazendas com pastagem cultivada tem uma rentabilidade média/ha cerca de 2,25 vezes maior. Dessa forma, escreve o Moraes, os desmatamentos proporcionam ganhos econômicos, por vezes significativos, e portanto, fazem todo sentido do ponto de vista privado.

Custo social e benefício privado

Mas esses benefícios privados tem um elevado custo social, pois o valor do Pantanal, em termos dos bens e serviços que ele potencialmente pode oferecer à comunidade, é alto. E aqui entram os US$ 112 bilhões por ano. Um valor muito mais relevante que os 414 milhões de dólares anuais que a devastação gera na região. Assim, escreve Moraes, o ganho econômico privado da atividade que provoca o desmatamento no Pantanal não justifica as perdas ambientais envolvidas. O custo-benefício do desmatamento não favorece o desmatamento.

Riqueza pantaneira

O Pantanal é a maior area úmida do mundo, tem a maior concentração de fauna das Américas e vegetação característica de quatros grandes biomas: Mata Atlântica, Cerrado, Floresta Amazônia e Chaco. Lá vivem mais de 650 espécies de aves, 260 espécies de peixes, 80 espécies de mamíferos, 50 espécies de répteis e mais de 2.000 plantas identificadas. São 138.183 quilômetros divididos entre os estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

Crescimento consolidado

Esse ano, os países árabes já ocupam a quinta posição entre os maiores destinos das exportações brasileiras. De janeiro a agosto, o Brasil vendeu para aquela região do mundo US$ 6,1 bilhões, o que corresponde a 4,7% do total que o país exportou para o mundo nesse período.

Para se ter uma idéia da importância das nações árabes para a balança comercial brasileira, basta lembrar que, em menos de oito anos, as vendas do Brasil para aquela região do mundo quadriplicaram.

Dados do Departamento de Desenvolvimento de Mercados da Câmara Árabe mostram que, em 2000, os 22 países árabes ocupavam a décima posição entre os maiores destinos das vendas externas brasileiras. Naquele ano, o Brasil exportou para os árabes US$ 1,5 bilhão,o equivalente a 2,7% de tudo que o Brasil vendeu para o mundo naquele ano.

Interessante destacar é que, além da expansão de suas exportações para os árabes, a pauta de exportação brasileira àquela região do mundo cresceu em termos de produtos e valor agregado. Em 2000, por exemplo, açúcar, carnes e minério de ferro representavam 70% de tudo que o país exportava para lá.

Hoje estes três produtos representam 60% do que o país exporta aos árabes, justamente em conseqüência da diversificação do leque dos produtos vendidos.

Barbas de molho - continuação

Relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que os prejuízos registrados durante a nova crise financeira nos EUA devem chegar a US$ 1,4 trilhão, o equivalente a quase R$ 3 trilhões. Melhorias monetárias de mercados emergentes podem estar em risco, alerta documento.

O relatório "Estabilidade Financeira Global" analisa a quebra de várias instituições financeiras, além da aquisição de outras, após a crise gerada pelo mercado imobiliário americano. Segundo o documento, os legisladores precisam responder à crise de forma abrangente, e urgente, para restaurar a confiança do mercado financeiro.

A fila anda

Segundo o FMI, a crise já começou a se espalhar para os mercados emergentes nas últimas semanas, e pode colocar em risco melhorias fiscais e financeiras nesses países.

O documento cita ainda a repercussão sobre as economias emergentes da Europa, que contam com empréstimos de bancos e investidores estrangeiros, e que, agora, estão ameaçadas de perder sua principal fonte de crédito.

Diante desse quadro, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, afirmou que os governos precisam coordenar, de perto, os esforços para o retorno à estabilidade do sistema financeiro mundial.

Dendê energético

A substituição do óleo diesel pelo biodiesel de dendê como fonte de energia elétrica na comunidade Céu do Mapiá, na margem do Rio Purus/AM, é objetivo de projeto que será implantado pelo programa Luz para Todos do governo federal.

Participam da elaboração da proposta pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental, em Manaus, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, da Secretaria Estadual de Produção Rural (Sepror) e a comunidade local.

A idéia é envolver os 600 moradores da comunidade no cultivo de 100 hectares de dendê. O dendezeiro produz comercialmente três anos após o plantio e por mais de 25 anos consecutivos, inclusive em consórcio com outras culturas. A produção de dendê se desenvolve com impactos econômicos, ecológicos e sociais positivos, para reaproveitamento e valorização de áreas degradadas na Amazônia.

Com inteligência

Dados técnicos do zoneamento agrícola da cana-de-açúcar mostram que o Brasil tem área apta e disponível de 65 milhões de hectares para expansão da cultura. Deste total, 37 milhões são áreas de pastagens. “A expansão da cana-de- açúcar será direcionada para essas áreas de pastagens que estão bem distribuídas pelo país. Se considerarmos que nestes próximos oito anos o Brasil vai precisar de quatro a cinco milhões de hectares para dobrar a produção, temos boas opções para a cultura da cana”, disse o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

Stephanes afirmou ainda que o país precisa ser inteligente para compatibilizar a produção de alimentos com a de energia limpa, considerando as questões ambientais. Segundo ele, o zoneamento é o instrumento para isto.


Fonte: ANBA