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COM A CRISE, RS DEVE TER UMA DAS MENORES ÁREAS DE SOJA NAS ÚLTIMAS CINCO SAFRAS.

Publicada em 17/11/2008 às 11:43:22

COM A CRISE, RS DEVE TER UMA DAS MENORES ÁREAS DE SOJA NAS ÚLTIMAS CINCO SAFRAS.Com a crise, RS deve ter uma das menores áreas de soja nas últimas cinco safras.





A turbulência no mercado financeiro internacional preocupa os produtores de soja que deflagraram o início do plantio em solo gaúcho. Com a crise chegando ao campo, a estimativa é de que o Estado tenha uma das menores áreas plantadas com o grão nas últimas cinco safras.

De acordo com levantamento da Emater, a expectativa é de que sejam semeados 3,796 milhões de hectares. Essa área significará uma redução de 0,21% ante o plantio do ano agrícola passado.

Se a produtividade média projetada de 2,038 mil hectares se confirmar, a produção gaúcha poderá chegar a 7,736 milhões de toneladas de soja nessa safra. Em 2007/2008, a safra teve quebra com a seca na região noroeste, e o total foi de 7,679 milhões de toneladas.

A chuva intensa de outubro atrasou o período de plantio no Estado. Com mais dias de tempo seco em novembro, os produtores colocaram tratores e plantadeiras no campo, já atingindo cerca de 15% do total previsto para essa safra.

Para o assistente técnico estadual da Emater, Alencar Ruggeri, isso não deve prejudicar a lavoura.

— Esse atraso não é problema, pois os produtores conseguirão plantar no período recomendado, que vai até dezembro. A preocupação é em relação ao preço dos insumos, que estão altos, e podem reduzir a margem de lucro do produtor — destacou Ruggeri.

Conforme o professor de Economia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) Argemiro Brum a instabilidade gerada pela crise internacional afetou as commodities, como a soja.

O bushel (27,21 quilos), que na Bolsa de Chicago chegou a valer US$ 16,58 em julho, agora está abaixo dos US$ 9. Essa queda, por enquanto, é compensada pelo dólar, que subiu de R$ 1,60 para R$ 2,15 no mesmo período.

— A projeção é de estagnação ou recuo na área plantada no Estado. Os produtores ficaram um pouco desmobilizados devido ao alto custo dos insumos. E depois, com a crise, o crédito aos produtores acabou ficando mais difícil — explicou Brum.

Em sua propriedade em Cruz Alta, no noroeste do Estado, Rogério Furian, 40 anos, vai plantar menos soja do que no ano passado. Em vez de 1,2 mil hectares cultivados com a oleaginosa, desde ontem ele está semeando 1,1 mil hectares. O motivo para a redução é a opção pelo milho em área irrigada, que não sofre com o clima e é garantia de lucro.

— O produtor nunca pode ficar tranqüilo. Tem que cuidar o clima, o desenvolvimento da planta, e também essa crise, que pode atrapalhar o preço no futuro. Por enquanto o valor da saca na casa dos R$ 45 continua bom. Espero que continue.


Fonte: O PIONEIRO