Sementes Fiscalizadas

WhatsApp (+55):
55 98111 2902

sementes@sementesfiscalizadas.com.br - Skype

BRASIL E CHINA : UMA RELAÇÃO AINDA INCERTA.

Publicada em 28/01/2009 às 11:10:03

BRASIL E CHINA : UMA RELAÇÃO AINDA INCERTA.Brasil-China: uma relação ainda incerta





No final de 2008 o Brasil conseguiu a abertura do mercado de aves chinês e agora o esforço é direcionado para a carne suína. O Ministério da Agricultura do Brasil recebeu uma solicitação do governo chinês para o levantamento de informações sanitárias e ações que foram desenvolvidas no país.

A abertura de novos mercados é um objetivo antigo do setor suinícola brasileiro. Ainda que o mercado doméstico esteja se apresentando como um importante fator para a sustentabilidade do setor, acessar mercados internacionais é importante para garantir não só o retorno financeiro, como também para pressionar pela melhoria contínua da qualidade da carne produzida.

Ainda assim, é esperado que o acesso a esses mercados seja sempre marcado por avanços e retrocessos, exigindo uma visão de longo prazo, bem como uma boa capacidade de planejamento das ações internacionais. No caso específico da China, ao mesmo tempo em que o governo brasileiro está avançando nas negociações para o acesso da carne suína, a realidade político-econômica chinesa pode resultar em reveses para os exportadores brasileiros.

Recentemente o governo chinês criou determinações para evitar uma queda acentuada do preço da carne suína, bem como ameaças ao próprio setor suinícola chinês. O governo acompanhará continuamente os preços praticados no mercado chinês e, diante de uma queda mais acentuada dos preços, poderá adotar diferentes estratégias:

• Publicação de advertências sobre a queda dos preços suínos;
• Comprar carne suína no mercado, aumentando as reservas internas;
• Oferecer subsídios a criadores; ou
• Modificar a quantidade de carne importada/exportada.

Outras ações que começam a ser desenvolvidas pelo governo é a articulação entre as grandes áreas consumidoras e as grandes áreas produtoras do país. O governo tem estimulado compradores e vendedores chineses a estabelecerem entre si contratos de longo-prazo, garantindo tanto o preço do lado da compra, quanto a garantia de entrada, do lado da venda.

Como se pode perceber nas ações recentemente declaradas e implementadas pelo governo chinês, a crise do setor suinícola chinês deverá ser resolvida dentro da própria China, e não a partir de uma maior integração com o resto do mundo produtor.

Mesmo que o Brasil consiga autorização para entrar no mercado chinês, provavelmente suas exportações estarão constantemente ameaçadas em função de possíveis quedas nos preços dos suínos. Desta forma, uma vez conseguida a entrada no mercado, será fundamental estabelecer boas parcerias com produtores e distribuidores locais, de forma a ganhar força política para tentar evitar fechamentos de mercado.


Fonte: SUINO.COM