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SOJA ESTOCADA A ESPERA DE PREÇOS MELHORES.

Publicada em 03/02/2009 às 10:19:41

SOJA ESTOCADA A ESPERA DE PREÇOS MELHORES.Soja estocada a espera de preços melhores




Os preços da soja subiram nas últimas semanas. Mesmo assim, grande número de agricultores do oeste do Paraná, que já começou a colheita, prefere manter o produto guardado nos armazéns.

Produtor que ainda tem soja verde no campo respira aliviado. Enfim, a estiagem cedeu e a chuva veio numa ótima fase. O agricultor Zeca Zardo tem 800 hectares e tem planos de fazer uma boa colheita no mês de março.

“Esse soja no ciclo normal está formando grão. Se continuar esse tempo, a gente não vai ter uma perda grande”, avaliou seu Zeca.

Ao contrário do seu Zeca, no oeste do Paraná mais da metade dos agricultores plantou a soja precoce e já começou a colheita. Quem tem grão no armazém teria tudo pra comemorar. Ninguém reclama do preço. Para o agricultor, a salvação do lucro da lavoura pode estar justamente na estiagem que derrubou a produção.

É nisto que seu Jurandir Lamb acredita. A esperança dele é de que a quebra na produção faça os preços subirem. Ele teve problemas com a estiagem e, por isso, só preços altos para não ficar no prejuízo. Em um hectare, ele está conseguindo 33 sacas. Com o preço de R$ 50,00 reais a saca, o faturamento seria de R$ 1.650,00 por hectare. Para plantar cada hectare, ele gastou R$ 1,5 mil. Portanto, o lucro seria de R$ 150,00 por hectare. O seu Jurandir negociou apenas 10% da safra. Ele aposta em preços ainda melhores.

“O preço é excelente. São mais de US$ 20,00 a saca. Mas, como a gente teve uma perda muito grande esse ano de cerca de 50% devido à estiagem, a gente espera ganhar um pouco mais pela saca para diminuir nosso prejuízo”, justificou seu Jurandir.

No mercado internacional, o preço da soja também reagiu e, depois de vários meses, voltou para o patamar dos US$ 10,00 o búshel, que equivale no Brasil a uma saca de 27 quilos.

Para o analista de mercado, Camilo Motter, são vários os fatores que explicam o aumento no preço da soja no Brasil e no mercado internacional também. “No final do ano passado os preços internacionais começaram a reagir em resposta ao clima na América do Sul, especialmente a Argentina nesse momento. Mas Brasil também registra perdas bastante acentuadas especialmente na região Sul. Outro fator que contribui para a alta é a taxa de câmbio, que subiu cerca de 50% em alguma momento, depois do período de estabilidade que tivemos, com a taxa de câmbio acima dos R$ 2,30. Então, câmbio e clima, basicamente, ajudaram para essa alta expressiva neste momento”, disse.

Outro fator que está aquecendo o mercado da soja são as compras feitas pela China. De setembro pra cá, os chineses importaram 17 milhões de toneladas. Um valor 12% maior do que no mesmo período do ano anterior.


Fonte: NOT. AGRIC.