EXPORTAÇÕES COM ESCALA NO CHILE PAGAM MENOS IMPOSTO.

Publicada em 12/02/2009 às 11:04:00

“Exportações com escala no Chile pagam menos imposto”.




Matéria sob o título acima, assinada pela jornalista Leda Rosa, foi publicada na edição de ontem do jornal Gazeta Mercantil. Nela é observado que a indústria brasileira vislumbra a chance de expandir suas vendas externas utilizando o Chile como plataforma exportadora. Com uma dupla vantagem: primeira, acesso a mercados sem dúvida gigantescos; segunda, imposto zero de importação.

Graças a acordos de livre comércio firmados com 48 países – como China, EUA, União Européia, México, Japão, Coréia do Sul, Índia, entre outros – os produtos de origem chilena acabaram tendo acesso privilegiado aos maiores importadores do mundo – um mercado avaliado em três bilhões de consumidores, quase a metade da população mundial. O caminho (de terceiros países) para participar desse mercado envolve a instalação de filial no Chile ou a formação de joint-ventures com empreendedores locais, fornecendo insumos.

Pode ser que não, mas parece que parte do incremento das exportações brasileiras de carne de frango passa pelo Chile.
Note-se, a propósito, que desde julho do ano passado a carne de frango brasileira ganhou acesso formal ao mercado chileno, com a habilitação de 12 plantas exportadoras (vide “Sinal verde do Chile às carnes suína e de frango”). Mas é óbvio que isso não redunda em grandes negócios diretos para o setor, pois as importações chilenas de carne de frango são relativamente pequenas (aparentemente, estão restritas à Argentina, que entre janeiro e novembro de 2008 exportou para o Chile perto de 25 mil toneladas do produto).

Ou seja: o Chile precisa, sim, permanecer na mira dos exportadores brasileiros de carne de frango. Mas como plataforma de acesso a outros mercados. A este propósito é oportuno observar que tanto o Chile como o Brasil têm, há algum tempo, plantas habilitadas a exportar para o mercado chinês. Porém (dados do Departamento de Agricultura dos EUA, USDA, para o primeiro semestre de 2008), o Chile vem exportando para a China maior volume que o Brasil.


Fonte: GAZETA MERCANTIL.