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FOCOS AUMENTAM EM MT, MAS A PERDAS NÃO ESTÃO CONTABILIZADAS.

Publicada em 16/02/2009 às 10:11:22

Focos aumentam em MT, mas as perdas não estão contabilizadas


Aprosoja emite sinal de alerta com intensificação do período de chuvas





O gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Luiz Nery Ribas, informou que 111 focos de ferrugem asiática já foram identificados em lavouras de soja de Mato Grosso, mas disse que “ainda é cedo para falar sobre percentuais de perda”. Segundo ele, esse aumento considerável no número de casos ocorreu devido às chuvas sequenciais que caíram em algumas regiões do Estado.

“Já estamos acionando o botão de alerta para os produtores”, afirmou Nery, que recomenda “monitoramento intensivo” da lavoura por causa do tempo chuvoso, clima que pressiona o fundo e favorece o aparecimento da ferrugem. “Estamos recomendando atenção redobrada do produtor neste momento”.

Só neste mês – até o último dia 10 – o Projeto Antiferrugem da Aprosoja/MT detectou 53 focos de ferrugem asiática em lavouras mato-grossenses. Somados aos 58 focos registrados no período de novembro de 2008 a 31 de janeiro deste ano, o número de focos já chega a 111.

O levantamento serve de alerta aos produtores, no sentido de tomarem os cuidados para não deixar a ferrugem se alastrar na atual safra (08/09).

O presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira, lembra que no ano passado as perdas causadas pela doença atingiram principalmente a soja dos ciclos médio e tardio. “A colheita aumenta a pressão do fungo da ferrugem, ou seja, existe maior probabilidade de o fungo se espalhar porque está no ar”.

O agrônomo Nery Ribas aconselha o produtor a não descansar. “É necessário fazer o monitoramento da safra, acompanhar o sistema de alerta antiferrugem, que está disponível no site da Associação, e fazer a aplicação de fungicidas recomendada pelos profissionais da área”.

AMOSTRAS - O número de amostras analisadas desde novembro do ano passado até o dia 10 de fevereiro chegou a 2.484. Campos de Júlio, Diamantino e Nova Xavantina são os municípios que lideram o envio de amostras de folha de soja, com 275, 255 e 246, respectivamente. “Em geral a participação dos produtores está muito boa, no acumulado do Projeto foram levadas em média 75 amostras por município para serem analisadas nos 17 minilaboratórios da Aprosoja”, informa Ribas.

Outro dado relevante é que, neste ano, produtores de várias regiões têm enviado amostras para serem analisadas. Agora aparecem na lista os municípios de Água Boa, Barra do Garças, Chapada dos Guimarães, General Carneiro, Ipiranga do Norte, Itaúba, Itiquira, Novo São Joaquim, Paranatinga, Porto dos Gaúchos, Santa Carmem, Santa Rita do Trivelato, Santo Antônio do Leste, Tesouro, Vera, Tabaporã e Planalto da Serra.

“Quanto mais houver participação e mobilização dos produtores de soja, mais fácil será prevenir o avanço da ferrugem em Mato Grosso e também fazer o controle nas regiões onde o fungo se manifestar”, explica o presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira.

RESISTÊNCIA – Os técnicos defendem investimentos em pesquisa para se chegar rapidamente a uma variedade resistente à ferrugem asiática.

“Por enquanto, as informações agronômicas e dos pesquisadores indicam uma extrema dificuldade de se conseguir esse tipo de variedade porque o fungo da ferrugem sofre rápidas mutações, o que vem quebrando a resistência das variedades testadas”, frisa o agrônomo Carlos Bortolini Júnior.

Ele observa que ano após ano vem aumentando a resistência da doença aos fungicidas, o que tem exigido um maior número de aplicações. “Por isso entendemos que a ferrugem deve ser tratada como uma epidemia”, disse ele.


Fonte: Diário de Cuiabá/Aprosoja.