Sementes Fiscalizadas

WhatsApp (+55):
55 98111 2902

sementes@sementesfiscalizadas.com.br - Skype

FERTILIZANTE CHEGA A PISO MÍNIMO.

Publicada em 18/02/2009 às 10:40:47

FERTILIZANTE CHEGA A PISO MÍNIMO.Fertilizante chega a piso mínimo




Os preços dos fertilizantes em janeiro caíram 15%. A queda foi puxada principalmente pela redução nas cotações dos fosfatados, que além da baixa demanda, fez os preços das matérias-primas despencarem. Mas as cotações reagiram diante do enxugamento parcial dos estoques e, segundo os analistas, devem se estabilizar nos níveis apurados em fevereiro.


Além da redução do volume estocado, as compras para semear a safra de inverno promoveram uma reação dos preços dos nitrogenados. Levantamento da Scot Consultoria, aponta alta de 6,8% do nutriente em relação a janeiro. No mesmo período, a uréia registrou aumento de 8,3% e é negociada no mercado interno a R$780 a tonelada. Já o sulfato de amônio teve alta de 10,3% em relação a janeiro e é vendido a R$533 a tonelada.


A reação da demanda nesses primeiros meses do ano também conteve a queda dos preços. As empresas que comercializam os produtos registraram alta nas vendas em virtude dos preços baixos. "As aquisições de fertilizantes foram feitas para o plantio da safrinha no Paraná e Mato Grosso, mas também foram registradas compras antecipadas, principalmente no Mato Grosso", revela Rafael Ribeiro, zootecnista e consultor da Scot.


Indiferente à variação do mercado, o cloreto de potássio se manteve acima dos US$ 800 a tonelada. A oferta do nutriente foi reduzida pelas grandes e poucas produtoras mundiais, controle que manteve o preço firme, quando não provocou alta. De acordo com dados da Scot, o cloreto de potássio está 3% mais caro em relação a janeiro. A tonelada atualmente é negociada a R$1,7 mil. Em comparação a dezembro de 2008, a alta é de quase 5%. "Os preços atuais, em termos nominais, são os mais altos da história". A perspectiva, segundo as empresas consultadas pela consultoria, é de que o preço do cloreto de potássio permaneça nesse patamar.


No caso dos fertilizantes fosfatados, o mercado continua em baixa. A cotação do superfosfato simples já acumula queda superior a 50% desde outubro do ano passado. "Somente de janeiro para fevereiro houve recuo de 14%, ou seja, o mercado se mantém em tendência de baixa", analisa.


O super fosfato simples é comercializado a R$430 a tonelada, patamar bem próximo do registrado no final de 2007, período que antecedeu a grande alta nos preços dos fertilizantes em geral.


Rafael Ribeiro pondera, contudo, que a variação dos preços deve ser freada pelo esfriamento da demanda. "As compras para a safrinha já foram praticamente concluídas, os volumes negociados a partir de agora são referentes às antecipações".


Para o consultor, os preços dos fertilizantes ficaram vulneráveis a demanda comprimida pela falta de crédito, o que gerou um certo estoque de passagem estimado em mais de seis milhões de toneladas. "Mas o mercado já foi ajustado, as empresas não estão mais tão estocadas", calcula Ribeiro. Até os fosfatados já chegaram ao preço mínimo, acredita o consultor. Representantes do setor estimam que a cotação do nutriente deve permanecer entre R$ 500 e R$ 600 a tonelada. "A tendência agora é a manutenção dos preços. O mercado não está aquecido nesse momento por causa da entressafra, e é assim que ele deve continuar", afirma Rafael Ribeiro.


A entrega de fertilizantes passou de 24,6 milhões de toneladas em 2007, para 22,4 milhões de toneladas em 2008. A produção ficou em 8,8 milhões de toneladas, já as importações apontaram 15,5 milhões de toneladas. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), em 2007 a produção de calcário foi de 22,7 milhões de toneladas e, em 2008, de 21,7 milhões de toneladas. A expectativa para 2009 é alcançar 22 milhões de toneladas.


Fonte: GAZETA MERCANTIL.