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SEMENTE MODIFICADA GANHA MAIS ESPAÇO NO MERCADO DE INSUMOS.

Publicada em 19/02/2009 às 10:15:29

SEMENTE MODIFICADA GANHA MAIS ESPAÇO NO MERCADO DE INSUMOS.Semente modificada ganha mais espaço no mercado de insumos




O nível de biotecnologia utilizado na agricultura mundial manteve a trajetória de crescimento no último ano amparado pelo bom rendimento e resistência às pragas proporcionado pelas novas sementes.

Além disso, nesse período, dois países do continente africano (Egito e Burkina Faso) plantaram pela primeira vez lavouras de milho e algodão geneticamente modificados (GM), o que segundo analistas demonstra a disseminação da tecnologia para novas regiões.

O levantamento feito pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA, em inglês) - ONG sediada nos EUA e financiada pela Fundação Rockefeller - mostra que a área plantada com transgênicos cresceu 9,4% no mundo em 2008, para 125 milhões de hectares. A soja GM liderou a área plantada, com 65,9 milhões de hectares, seguida pelo milho (37,3 milhões), e algodão (15,5 milhões).

O Brasil se consolidou na terceira colocação e representa 12% das lavouras transgênicas no mundo, o equivalente a 15,8 milhões de hectares. Por aqui, o nível de tecnologia cresceu em ritmo menor, cerca de 5,3%.

Para especialistas, os entraves na liberação de novas variedades foram os responsáveis pela limitação da evolução. No último ano, a comercialização de duas variedades de milho foi proibida por meio de uma liminar concedida pelo governo do Paraná. O cereal, segundo analistas, possui o maior potencial de crescimento e poderia ter feito o País saltar para a segunda colocação, caso não tivesse problemas.

Anderson Galvão, diretor do ISAAA no Brasil, destacou o potencial produtivo do País em relação ao resto do mundo. Para ele, o milho será a base para essa evolução nacional. "A grande promessa a partir de agora são os produtos tolerantes à seca. Já imaginou o impacto positivo dessa tecnologia no Nordeste?".

Nos EUA, o milho resistente a seca entrou na fase final de análise e pode oferecer produtividade entre 6% e 10% superior ao convencional. Porém, não há previsão para a tecnologia chegar ao Brasil.

Segundo o ISAAA, em 2008, o País cultivou cerca de 14 milhões de hectares com soja, seguido pelo milho, com 1,4 milhão dedicados e pelo algodão, com 0,4 milhão. Galvão observa que o baixo índice do algodão é provocado pela defasagem da tecnologia.

Opinião compartilhada por João Carlos Jacobsen, presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). O estado possui a maior área com fibra transgênica no País, cerca de 300 mil hectares. Para o representante, a tecnologia antiga provoca ressalvas quanto à rentabilidade de sua aplicação. "A chegada da variedade tolerante ao glifosato no ano que vem deve melhorar esses índices de utilização".

Glauber Silveira, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), afirma que a tecnologia é muito importante. No entanto, alerta que é preciso investimento do governo para a transgenia não virar monopólio. "Pagar pelo uso das sementes é muito positivo. O que precisa ser discutido é o formato da cobrança".


Fonte: Aprosoja/Gazeta Mercantil .