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ÁRABES ESTRÉIAM COMPRAS DE COOPERATIVAS DO PARANÁ.

Publicada em 18/03/2009 às 09:52:47

ÁRABES ESTRÉIAM COMPRAS DE COOPERATIVAS DO PARANÁ.Árabes estréiam compras de cooperativas do Paraná.


No ano passado, oito países árabes compraram, pela primeira vez, das cooperativas agrícolas do estado do Paraná. Em 2008, as vendas externas do setor para 114 nações chegaram a quase US$ 1,5 bilhão.

Da redação São Paulo- As cooperativas agrícolas do estado do Paraná estão descobrindo o mercado árabe e já exportam para 15 dos 22 países da região. Para os próximos anos, o setor pretende colocar seus produtos em todo o mundo árabe.

A Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) entende que aquele mercado, que compra anualmente algo em torno de US$ 47 bilhões da cadeia produtiva do agronegócio mundial, é fundamental na estratégia das cooperativas do Paraná de aumentar a vendas de seus produtos para o mercado internacional.


Exportações respondem por 13,5% do faturamento das cooperativas do Paraná
"As cooperativas do Paraná vêm expandindo a cada ano as suas exportações para o mundo. Estamos mantendo e ampliando a colocação de nossos produtos em parceiros tradicionais como os países europeus, Estados Unidos, Japão e Rússia, e ao mesmo tempo nossa estratégia passa pela conquista de novos mercados”, explica o gerente técnico econômico da Ocepar, Flavio Turra. Caso, por exemplo, dos países árabes, da Índia, China e outras nações asiáticas e também da América Latina.

O sistema cooperativista paranaense tem como uma de suas estratégias aumentar para 25% a participação, que hoje é de 13,5%, das exportações no faturamento global do setor. No ano passado, o faturamento das 238 cooperativas do estado chegou a R$ 25 bilhões, um crescimento de 36,9% em relação a 2007.

Deste total, as 81 cooperativas agropecuárias movimentaram R$ 22,5 bilhões. De acordo com Turra, as cooperativas agropecuárias do estado respondem 18% do PIB estadual e por 55% da produção agrícola paranaense

No ano passado, segundo a Gerência de Mercados (Germerc), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), as exportações das cooperativas do Paraná (US$ 1,5 bilhão) responderam por 35,97% das exportações das cooperativas brasileiras.

Os árabes

Hoje, o Sistema Ocepar já coloca seus produtos em 114 países, 15 deles árabes. A China, por exemplo, é o terceiro maior comprador, perdendo apenas para Alemanha e Japão. E o objetivo, segundo Turra, é que as vendas externas do setor aumentem dos atuais 13,5% para pelo menos 20% sua participação na movimentação financeira das cooperativas.


Turra: cooperativas do Paraná vêm expandindo exportações
Com relação aos árabes, Turra disse à ANBA que, além dos clientes tradicionais no Oriente Médio e Norte da África, caso da Árabia Saudita, Egito e Argélia, em 2008, as 81 cooperativas agropecuárias do estado exportaram, pela primeira vez, para a Tunísia, Síria, Omã, Catar, Bahrein, Líbano, Líbia e Jordânia.

Segundo ele, juntos, estes oito novos parceiros compraram do sistema cooperativista paranaense US$ 8,242 milhões. Apenas a Tunísia importou US$ 4,6 milhões em produtos como frango, trigo, óleo de soja bruto e refinado, leites, creme de leite, algodão, café torrado, não descafeinado e grão.

Outro desempenho que chamou a atenção dos analistas de mercado da Ocepar foi o da Síria, que comprou do sistema cooperativista paranaense US$ 2,1 milhões.

Turra classifica também de extraordinárias as vendas (basicamente frango) para a Árabia Saudita, que no ano passado importou das cooperativas do Paraná US$ 13,3 milhões, um crescimento de 2.273% em relação a 2007.

O Egito, com US$ 12,664 milhões, e a Argélia, com US$ 10,95 milhões, foram, respectivamente, segundo e terceiro maiores importadores árabes do sistema Ocepar.

No total, as vendas externas para os 15 países árabes resultaram em um faturamento de US$ 46,757 milhões no ano passado. A maior parte veio das vendas de carne de frango.

É que, conforme o gerente técnico econômico da Ocepar, com a ampliação de suas unidades agroindústrias, o setor aumentou sua produção de escala, o que lhe possibilitou destinar um volume maior para o mercado internacional. É por isso que, este ano, mesmo com a crise, o setor deve manter ou ficar próximo do volume de investimentos realizados no ano passado, que foi de R$ 1,5 bilhão.

"Hoje, pela qualidade do produto e pelo preço competitivo, o frango exportado pelas cooperativas começa a conquistar espaço no mercado árabe, antes ocupado por grandes empresas exportadores, inclusive as brasileiras", conclui Turra.


Fonte: ANBA.