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PRODUTOR RURAL, NO BRASIL, É O "INTOCÁVEL" DA GLÓRIA PEREZ: LEVA CHUTE DE TODO MUNDO.

Publicada em 20/03/2009 às 10:24:26

PRODUTOR RURAL, NO BRASIL, É O Produtor rural, no Brasil, é o "intocável" da Glória Perez: leva chute de todo mundo





Produtor rural, no Brasil, é o "intocável" da Glória Perez: leva chute de todo mundo .



O ex-fazendeiro Paulo César Quartiero tem razão ao afirmar que quer abrigo no MST. Fosse um membro do movimento, estaria, como sabemos, acima da lei e jamais seria alcançado pelo braço do estado. E seria visto sempre como vítima, independentemente do que fizesse. Poderia até matar. Sendo o que é — ou melhor, o que era —, está na última escala das castas brasileiras. Nem Glória Perez conseguiria ser tão malvada ao caracterizar um intocável brasileiro quanto certos setores formadores de opinião conseguem ser ao pintar a imagem dos produtores rurais.

São piores do que a poeira da sola dos pés do deus Brahma. Os brahmanes no Brasil, como sabemos, é a nova classe social que chegou ao poder: a burguesia do capital alheio, a elite sindical chefiada por Luiz Inácio Lula da Silva.

Produtor rural? Essa gente é desprezível! O BNDES pode emprestar dinheiro a leite de pata para a indústria ou financiar a fusão de empresas de telefonia. Tudo pelo crescimento do Brasil. Dirão que se trata de atuação anticíclica, sabem? Ninguém jamais cobrará dos bancos que passem a cobrar uma taxa de administração menor pelos fundos, é claro. Antes disso, é lógico e racional que se mude o rendimento da poupança. Mas o mundo vem abaixo quando se renegocia a dívida de produtores. Aí parece um privilégio inaceitável.

Que o setor responda por parte substancial das reservas que o Brasil acumulou nestes anos, o que lhe garante alguma tranqüilidade diante da crise, bem, isso não tem a menor importância. Assim, a categoria “produtores rurais” já é tratada aos tapas e pontapés, especialmente por setores importantes da imprensa. Um produtor rural é uma pessoa naturalmente suspeita.

Imaginem, então, alguém que produzia arroz na Raposa Serra do Sol, aquele solo sagrado, palco dos eventos os mais telúricos dos índios presentes nos delírios poéticos do ministro Ayres Britto. Aí já é demais, né? Aí é como ser um intocável (à moda indiana), mas insolente.

O problema é que Quartiero, muito provavelmente, não será aceito entre os sem-terra. Estes pertencem à casta dos comerciantes: fazem comércio de ideologia. Eles produzem mistificações, e o estado brasileiro compra. Sem contar, né?, que, para ser um “emessetista” legítimo, é preciso jamais ter produzido um saco de arroz, um pé de couve, um miserável rabanete.

E Quartiero era aquele tipo nojento que colhia milhares de toneladas de arroz. Para ser um "emessetista", como observou o deputado Fernando Gabeira, é preciso consumir comida, não produzir comida.

Por Reinaldo Azevedo

Arrozeiro da Raposa Serra do Sol diz que pedirá refúgio ao MST

Por Thiago Faria, na Folha Online. Comento no post seguinte:
Com a decisão final do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, o produtor rural Paulo César Quartiero, ex-prefeito de Paracaima (RR), afirma que irá pedir ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) sua filiação no movimento. A afirmação, em tom de desabafo, é um protesto do agricultor contra a decisão de hoje pela saída imediata dos arrozeiros da região.
"Sou ex-prefeito, ex-presidente da associação dos arrozeiros, ex-produtor rural e estou me candidatando a participar do MST agora. A partir de agora sou sem-terra também", afirmou o rizicultor à Folha Online, que deverá deixar a área da reserva de acordo com a decisão da maioria dos ministros.
Quartiero, que acompanhou o julgamento de hoje em Brasília, afirma que não se opõe a sair da área onde atualmente produz arroz, mas afirma que é preciso um prazo maior para que a decisão seja cumprida.
"O ódio e o ressentimento da maioria dos ministros contra quem é produtor e quem é dono de terra é uma coisa incrível. Como eles querem que a gente saia a toque de caixa de lá? Temos colheita por fazer, temos 15 mil cabeças de gado, tem empregados, senhoras, crianças que vivem nas fazendas, que vivem nas vilas. Vão sair todos algemados de lá?", afirmou.
O relator do processo da demarcação da reserva Raposa/Serra do Sol (RR) no STF, ministro Carlos Ayres Britto, disse que definirá até amanhã quando os não índios terão de deixar o local.
Segundo Ayres Britto, é necessário reunir condições para estabelecer o prazo, fixado hoje durante o julgamento como de "execução imediata". De acordo com o ministro, será definido um prazo comum a todos os produtores, exceto uma ou outra situação específica.
De acordo com Quartiero, o prazo mínimo é até junho deste ano, quando os produtores da região devem terminar a colheita do arroz. "Dizemos desde o começo que obedeceríamos a decisão judicial, agora saiu a decisão, mas agora temos que ter um prazo mínimo para sair", afirma.

Conflitos
O produtor rural também diz que, caso a saída imediata prevaleça, há o risco de ocorrer um "massacre" na região. "Se forem promover a retirada imediata vai haver um massacre por parte da Polícia Federal. Não há como resistir contra 500 policiais fortemente armados", afirma.
Ele diz que não há mais como recorrer da decisão do Supremo e que os produtores rurais não devem buscar alternativas jurídicas para permanecerem na área.


Fonte: Reinaldo Azevedo.