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AGRICULTORES AMERICANOS VÃO AOS CAMPOS PARA PLANTAR MILHO E SOJA PARA O MUNDO.

Publicada em 23/04/2009 às 12:05:12

AGRICULTORES AMERICANOS VÃO AOS CAMPOS PARA PLANTAR MILHO E SOJA PARA O MUNDO.Agricultores americanos vão aos campos para plantar milho e soja para o mundo.




Julius Schaaf, produtor de milho e soja do estado americano de Iowa, não sabe quanto os preços dos grãos vai crescer, nem quando a economia vai se firmar. Ele só pode torcer para que o clima bom ajude a fazer as plantações crescerem.

Mesmo assim, nesta semana Schaaf estava entusiasmado com seu plantio nos campos. Neste outono, ele espera contribuir com 12 bilhões de bushels de milho e 3 bilhões de bushels de soja, ajudando a alimentar pessoas e animais por todo o mundo

"Nós estamos plantando muito e rápido”, disse Schaaf, que espera, assim como seus colegas agricultores de Iowa - o maior estado produtor de milho nos Estados Unidos – colher uma safra quase recorde este ano.

Os tratores já estão roncando em diversas partes do centro-oeste Americano nesta semana, graças ao clima quente e o ensolarado céu de primavera, que indicam a hora de plantio para a nova safra americana de milho. O plantio de soja se seguirá em poucas semanas.

Ao todo, os agricultores esperam plantar 84.986 milhões de acres de milho nesta primavera, prevê o Departamento de Agricultura Americano. Isso poderá gerar 12.2 bilhões de bushels, se o clima e o rendimento ficarem na média.

Os agricultores americanos também esperam plantar em torno de 76.024 milhões de acres de soja, o que, sob condições normais, pode gerar uma colheita de mais de 3 bilhões de bushels. A safra do ano passado chegou a 2.959 bilhões de bushels.

Os Estados Unidos é o maior exportador de milho e soja do mundo. No ano passado, a safra de milho foi avaliada em US$ 47.4 bilhões e a safra de soja em US$ 27.4 bilhões, conforme dados do governo.

Campos molhados

O clima úmido atrasou o processo de plantio em muitas áreas importantes dos Estados Unidos, incluindo campos nos estados de Missouri, Kansas, Indiana e Illinois. Os atrasos estavam espalhando certo medo a respeito do potencial de produção da safra de milho, porque a colheita sempre é melhor se já está mais desenvolvida quando o forte calor do centro-oeste começa.

"A plantação em Illinois mal começou”, disse Emerson Nafziger, agrônomo da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign. Os agricultures de Illinois tinham apenas 1% de sua área cultivada plantada até este domingo, de acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em comparação com a média de 23% nos últimos cinco anos.

Em Iowa, onde a produção chega a mais de 15% do total do país, apenas 6% dos acres de milho do estado foram semeados até domingo, de acordo com o USDA. A média dos últimos cinco anos para o estado nesta época é de 10%.

Nacionalmente, apenas 5% da nova safra de milho foi plantada, o que fica atrás da média dos últimos cinco anos de 14%, mas ainda está levemente a frente do progresso no ano passado, na mesma época.

Ainda assim, os atrasos podem ser superados rapidamente, se acabar o mau tempo, afirma o analista Shawn McCambridge, do Prudential Financial: "Os agricultores podem plantar enormes lotes em um curto espaço de tempo”, afirma McCambridge.

Todo mundo precisa comer

A demanda por soja está em ascensão recentemente, abastecida pelas compras ativas da China. Mas a demanda pelo milho está menor, prejudicada pela fraca indústria do milho de etanol e pela menor demanda por carne – o que significa menos milho vendido para ração – devido à recessão. E isso baixou consideravelmente os preços do milho.

No último verão, o milho futuro na bolsa de Chicago foi negociado a mais de US$ 7 o bushel e a soja futura subiu acima de US$ 16, devido as chuvas pesadas que atrasaram sua produção no centro-oeste americano.

Nesta semana, os agricultures viram o milho futuro abaixo de US$ 4 e a soja abaixo de US$ 11 o bushel.

O valor do dólar é outra questão importante: seus recentes ganhos fizeram as commodities americanas ficarem mais caras e menos competitivas no mercado global de exportação.

O analista Jerry Gidel, da “North America Risk Management Inc” afirma que, mesmo assim, os agricultures estão em melhores condições do que outros setores para sair da recessão. “No mundo todo, as pessoas ainda precisam comer”, ele afirmou.

Em sua fazendo perto de Sidney, Iowa, Schaaf disse que estava confiante que a demanda global voltaria com força. “Os preços são mais voláteis do que eram no passado”, Schaaf disse. "Então, o negócio é segurar o chapéu e ir em frente”.

Jay Lynch, que trabalha na fazenda com seu pai no norte de Iowa, também foi atingido pelos preços em queda. Ele tinha um contrato com uma usina local de álcool etílico, que pagava preços superiores para o milho, mas a empresa faliu e seu contrato acabou.

Outra empresa de etanol está de olho em seu milho neste ano, mas os preços estão em níveis que mal pagam os custos de produção.

Lynch disse ainda que ele e outros produtores que gastaram dinheiro em novos equipamentos antes da recessão chegar estão agora com os créditos mais apertados e mais atentos às folhas de balanço mais. Mesmo assim, ele está otimista com esta safra. “Teremos muito milho e os campos estão se desenvolvendo bem”.


Fonte: REUTERS.