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GRIPE SUÍNA: EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PODEM SER BENEFICIADAS.

Publicada em 28/04/2009 às 15:47:47

GRIPE SUÍNA: EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PODEM SER BENEFICIADAS.Gripe suína: exportações brasileiras podem ser beneficiadas.




O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, não quis avaliar o impacto da gripe suína no mercado brasileiro de carnes, mas reconheceu que é possível que as exportações brasileiras sejam beneficiadas. "Pode ser positivo para o Brasil desde que a doença não ocorra aqui", afirmou, lembrando que Rússia e China já suspenderam as importações de carne suína do México e dos Estados Unidos, países que apresentaram os primeiros casos da doença.

"Mas não gosto de especular comercialmente quando se trata de uma crise de saúde humana desta gravidade", disse.

Para Camargo Neto, a gripe suína não é um caso de saúde animal, mas de saúde pública, por conta da violência com que a doença se propaga entre seres humanos. O governo brasileiro tem que aumentar a vigilância em todos os portos e aeroportos do País para evitar a entrada e propagação do vírus, especialmente dos passageiros vindos do México. "Se o presidente Lula estivesse me ouvindo diria que a ação mais importante do governo é aumentar a vigilância sanitária humana", afirmou.

Camargo Neto insiste em chamar a doença de "gripe mexicana". Segundo ele, especula-se que o vírus tenha sofrido mutação em animais do rebanho mexicano e depois contaminado seres humanos. Ele ressaltou, no entanto, que ainda não foi encontrado nenhum animal infectado. O executivo explicou que este vírus é diferente do da gripe aviária, em que as aves estavam infectadas e eram o principal vetor e a doença era transmitida pelo contato com os animais. No caso da gripe suína, a transmissão ocorre entre seres humanos. "A propagação humana é violenta e rápida. No México não se falam nos suínos, mas nas pessoas. Eles suspenderam as missas e não as granjas de suínos", afirma.

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues concorda com a avaliação do presidente da Abipecs ao afirmar que se trata de um problema de saúde humana e que a principal preocupação neste momento deve ser o controle de aeroportos e portos. Quanto à influência da doença sobre as exportações brasileiras, Rodrigues disse que é preciso aguardar para que haja maior clareza a respeito do problema.

"Pode ser que seja bom ou ruim para o Brasil. Muitas vezes, as restrições sanitárias têm uma origem política e de caráter protecionista. E casos como esse podem ser usados como um argumento para a proteção dos mercados locais", afirmou Rodrigues. Ele lembrou que situação semelhante ocorreu após a ocorrência de casos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. Na ocasião, o governo russo embargou as importações de carnes de outras regiões do Brasil, como Santa Catarina.(AE)


Fonte: IG / Último Segundo.