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SETOR DE FERTILIZANTES TEM LUCROS MAIORES.

Publicada em 13/08/2008 às 22:58:29

Setor de fertilizantes tem lucros maiores





A escalada do preço do petróleo e a expansão do agronegócio estão elevando o lucro dos fabricantes de fertilizantes. As gigantes do setor Bunge e Fosfértil registraram lucros expressivos no primeiro semestre de 2008, em comparação com o mesmo período de 2007.

A Fosfértil, que detém a liderança no mercado brasileiro, teve lucro líquido de R$ 402,8 milhões no período, o que representa um crescimento de 127,44% em relação ao lucro de R$ 177,1 milhões registrado de janeiro a junho de 2007. A receita líquida da companhia nos seis primeiros meses deste ano totalizou R$ 1,563 bilhão, um aumento de 47,70%.

Os dados são preliminares e foram divulgados no mercado internacional, pois a empresa têm entre os acionistas empresas como a Cargill e a própria Bunge. Na próxima semana, a companhia divulga os dados consolidados do segundo trimestre de 2008. Ainda de acordo com as informações preliminares, a companhia apresentou lucro bruto de R$ 667,6 milhões, ante R$ 315,8 milhões. O lucro operacional ficou em R$ 612,2 milhões, ante R$ 265,7 milhões registrados no primeiro semestre de 2007.

Já a multinacional Bunge, que além de fertilizantes atua no ramo de alimentos e processamento de sementes, anunciou ontem seus resultados globais em Chicago, nos Estados Unidos. O lucro da companhia mais que quadruplicou no segundo trimestre de 2008, impulsionado pelo resultado das operações de fertilizantes e agronegócio. Foram US$ 751 milhões no período - US$ 5,45 por ação - ante US$ 168 milhões, ou US$ 1,30 por ação, registrados no segundo trimestre de 2007.

Os resultados levaram a empresa a rever sua previsão de lucro para 2008, que deve ficar em torno de US$ 11,60 e US$ 11,90 por ação. A receita subiu para US$ 14,4 bilhões de dólares, contrariando a previsão inicial do mercado, que esperava receita de US$ 13,20 bilhões.

"O bom desempenho do setor de fertilizantes até o momento pode ser atribuído tanto à alta no preço do petróleo, que elevou o preços dos insumos, quanto à expansão do agronegócio não apenas no Brasil, mas também na Ásia e no Leste Europeu", afirma o economista Fábio Silveira, diretor da RC Consultores.

A dependência dos insumos importados contribuiu para a elevação dos lucros das empresas - no ano passado, o Brasil importou 17 milhões de toneladas de fertilizantes, quase o dobro da produção local, de 9 milhões de toneladas. "Os preços dos fertilizantes são formados pelo mercado internacional, que está sob forte demanda. Não houve um crescimento da oferta compatível", diz Silveira.

Expansão

Até junho, as entregas de fertilizantes no País cresceram 22% em volume em relação ao mesmo período de 2007, chegando a 11,5 milhões de toneladas, segundo números da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Segundo Eduardo Daher, diretor da entidade, parte desse aumento foi conseqüência da antecipação de compras por parte dos produtores de milho e soja.


Fonte: FOLHA ON LINE