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DESESTÍMULO AO AGRONEGÓCIO.

Publicada em 25/08/2009 às 10:49:18

DESESTÍMULO AO AGRONEGÓCIO.Desestímulo ao agronegócio .



De janeiro a julho deste ano, as exportações agrícolas do País alcançaram a soma de US$ 37,73 bilhões, tendo as importações atingido US$ 5,88 bilhões, gerando um saldo positivo na balança comercial de US$ 31,85 bilhões, no período em que se desdobra uma crise econômica internacional sem precedentes. O que representa o superávit obtido com os produtos agrícolas comercializados para o exterior? Que o cultivo das terras tem sido conduzido com eficiência pelos produtores das mais diferentes áreas, valendo acrescentar que o lucro conseguido ainda luta contra a desvalorização do dólar.

Daí a indagação sobre provável decisão governamental determinando a elevação da produtividade em escala nada modesta, para que as terras produtivas não se enquadrem em padrões que as tornem passíveis de desapropriação para efeito de reforma agrária.


Despolitizando a questão, pois assim está sendo interpretada como destinada a atender reivindicações do MST, e supostas intenções eleitorais oficiais, trata-se de penalizar um setor fundamental ao bom desempenho da economia nacional, inclusive desestimulando novos investimentos no agronegócio, concorrendo, também, para prejudicar a retomada do crescimento da economia brasileira.


Não existe escassez de alimentos de origem agropecuária no País, a demanda vem sendo atendida normalmente, os preços equilibrados, apesar de ser comercializada no exterior, de modo geral, sob um câmbio desfavorável, conforme observamos acima, além de contribuir para o controle da inflação.


Se existe um setor econômico que pode servir de exemplo de competitividade internacional, a eficácia do agronegócio deve ser mencionada, sem qualquer exagero ou artifício.


Isso não implica em combater ou procurar retardar a reforma agrária, nem mesmo recorrer a críticas sobre o desrespeito, em certos momentos, da legislação que assegura o direito de propriedade, aliás, vigorando recentemente na própria China, a grande nação que ainda é prisioneira de um regime político fechado, convivendo com a economia de mercado, característica do capitalismo.


Vamos admitir e despolitizar, mais uma vez, o tema. No mínimo, o que se pode afirmar é que se trata de um equívoco a tempo de ser evitado pelo Governo federal, pois, se aprovada, seria uma medida esdrúxula ao pretender aumentar os níveis da produtividade agrícola, sob condições negativas aos que produzem.


O bom senso, especialmente para os neófitos, recomendaria às autoridades competentes discutir com maior profundidade uma verdadeira e justa política agrícola que beneficie a todos, desde pequenos, médios e grandes produtores e aos trabalhadores que desejam contribuir para maior produção alimentos fruto do uso da terra com finalidade social e econômica e não nos termos que estariam sendo cogitados pelo Planalto.


Fonte: Folha de Pernambuco - PE .