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SETOR RURAL DA ARGENTINA SE MOBILIZA CONTRA NOVO IMPOSTO.

Publicada em 13/11/2009 às 09:59:46

SETOR RURAL DA ARGENTINA SE MOBILIZA CONTRA NOVO IMPOSTO.Setor rural da Argentina se mobiliza contra novo imposto


Texto em discussão nas comissões de Agricultura e de Legislação Geral aumenta a pressão fiscal sobre o setor, desestimulando os investimentos, segundo os ruralistas

Os produtores rurais da Argentina preparam um ato em Buenos Aires para 10 de dezembro, data em que assumem os deputados e senadores eleitos em junho passado. A mobilização será para apoiar os representantes do setor que foram eleitos e chamar a atenção para os problemas que afetam a produção agropecuária argentina.

As entidades ruralistas temem que o governo de Cristina Kirchner consiga aprovar, antes de perder a maioria na Câmara, uma nova lei de arrendamento de terras que pode prejudicar os produtores. A lei em vigor tem cerca de 50 anos. O texto em discussão nas comissões de Agricultura e de Legislação Geral aumenta a pressão fiscal sobre o setor, desestimulando os investimentos, segundo os ruralistas.

O economista chefe da SRA (Sociedade Rural Argentina), Ernesto Ambrosetti, explicou que um dos pontos que gera maior resistência entre os produtores é o artigo 83, que cria um imposto progressivo sobre a renda entre 25% e 45%. A alíquota vai variar de acordo com a área arrendada, o volume e o tipo da produção. Haverá um parâmetro de escala que será fixado em cada região.

Ambrosetti disse que com esse imposto adicional, que será pago pelo arrendatário, a pressão fiscal total pode chegar a 80% para os maiores produtores, já que acumula o imposto de renda regular mais o adicional. "Este projeto destrói o negócio agropecuário porque impede a busca de escala e a eficiência econômica e produtiva", criticou Ambrosetti. Dados oficiais mostram que 60% da produção de grãos no País são cultivados em terras arrendadas.


Fonte: Campo News/Estadão.com.br