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CAMINHÕES PERDEM TONELADAS DE GRÃOS COM ESTRADAS RUINS.

Publicada em 13/11/2009 às 10:08:50

CAMINHÕES PERDEM TONELADAS DE GRÃOS COM ESTRADAS RUINS.Caminhões perdem toneladas de grãos com estradas ruins.


Relatório da Confederação Nacional dos Transportes aponta que quase 70 por cento das estradas brasileiras estão degradadas. Carretas chegam a perder 3 por cento da carga agrícola pelo caminho

“O Brasil fez uma opção totalmente errada quando propôs um sistema de transporte rodoviário para a safra agrícola. São milhões de toneladas perdidas nas estradas brasileiras. Isto não existe em outra parte do mundo. Todos riem ao saber que o Brasil transporta a safra de milhões de toneladas por milhares de quilômetros em cima de pneus. É um absurdo, uma demência”.



A crítica feita por José Vicente Ferraz, diretor da Consultoria AgraFNP dá a dimensão dos problemas enfrentados anualmente por milhares de produtores e transportadoras na movimentação das safras até o destino final. Um estudo apresentado pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) revela que 89% das estradas brasileiras têm condições ruins de trânsito.



As más condições representam, na maioria das vezes, gastos com oficinas e perda de muita carga pelo caminho.



“Todo mês temos algum caminhão da frota em manutenção. Seja por causa de uma mola quebrada ou de um desalinhamento. As rodovias ainda têm trechos muito ruins, que acabam com os veículos”, comenta Antonio Marcos de Oliveira, encarregado de transporte da Ouro Safra, uma empresa de comércio de cereais em Pilar do Sul, no sudoeste paulista.



Segundo ele, cada caminhão perde, em média, 3% da carga de grãos que transporta, entre milho, soja, trigo e sorgo. “Já até contabilizamos essa perda, porque ela é inevitável, haja vista a irregularidade das pistas, a falta de sinalização e os buracos no meio do caminho”, acrescenta.



Na rodovia Marechal Rondon, Odail Rodrigues considera-se um felizardo. Motorista por quase 20 anos, há dois meses mudou de emprego. “Mudei de transportadora e agora minha rota é pelas (rodovias) pedagiadas, que são bem conservadas. Antes eu fazia o trecho Mato Grosso e Goiás. Era terrível. Pneu furado, molas estouradas, faróis quebrados. O caminhão vivia em manutenção. Prejuízo para o patrão e para o caminhoneiro que deixa de ganhar o frete”, ressalta.



Na outra pista



Em nota, o Ministério dos Transportes alega que “pode-se dizer que mais de 80% das rodovias federais têm boas condições de tráfego”. Também ressalta que os resultados da Pesquisa Rodoviária da CNT são muito positivos para o governo federal. De acordo com a metodologia da Confederação, o intervalo da classificação “regular” traduz uma nota que varia de 55 a 80 pontos, em uma escala de zero a 100. Na avaliação do Ministério dos Transportes, este intervalo não pode ser apontado como atributo negativo.



“Sendo assim, a leitura atenta dos indicadores da Pesquisa Rodoviária comprova uma melhora muito significativa das condições de tráfego das rodovias brasileiras sob responsabilidade federal. O pavimento encontra-se 42,3% ótimo, 8,7% bom e 37,2% regular. Em relação a sinalização encontra-se 19,3% ótimo, 17,4% bom e 42,2% regular. O estado geral encontra-se: 11,8% ótimo, 21,3% bom e 47,8% regular”, finaliza a nota.



Apesar do Ministério dos Transportes apontar uma melhoria na malha rodoviária nacional, é fato que ainda falta muito trabalho para que as rodovias cheguem ao ponto ideal de trafegabilidade e segurança ao motorista. Ainda é muito grande o prejuízo, tanto financeiro quanto de tempo, que o setor agropecuário do País sofre por conta das péssimas condições das estradas nacionais.



De acordo com os próprios motoristas e empresas ouvidos pela reportagem do Campo News, estradas em boas condições existem, porém, é preciso pagar caro para trafegar por elas


Fonte: CAMPOS NEWS.