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CLIMA E DÓLAR DEVEM MANTER COTAÇÕES DE GRÃOS NOS ATUAIS PATAMARES.

Publicada em 18/11/2009 às 09:52:52

CLIMA E DÓLAR DEVEM MANTER COTAÇÕES DE GRÃOS NOS ATUAIS PATAMARES.Clima e dólar devem manter cotações de grãos nos atuais patamares.



Se nos próximos sete dias o mercado de grãos na Bolsa de Chicago continuar como nas últimas duas semanas, os investidores podem esperar muita volatilidade e fúria nas negociações, mas os preços devem continuar nos atuais patamares. É o que atesta matéria do “Commodity Corner”, blog hospedado na Reuters.

O clima e o dólar provocam os maiores impactos nos preços de grãos neste outono. E isso parece que irá continuar. Analistas afirmam que esses dois fatores, incertos, mas que garantem suporte aos preços, além do aumento dos estoques de grãos colhidos, devem impedir grandes altas. Os movimentos diários, no entanto, ainda são mais balizados pelas compras e vendas e pela especulação.

Apesar de um fechamento baixo para estável para a soja e o milho na Bolsa de Chicago, sexta-feira, as duas commodities fecharam com cotações mais altas na semana que o trigo. Então alguns indicadores técnicos de alta continuam influenciando o mercado, segundo analistas. Os fundamentos, que são as gigantescas colheitas norte-americanas em andamento, devem pesar nos mercados do milho e da soja. Mas os produtores dos EUA estão se esforçando para finalizar a colheita. O outubro mais úmido que o usual atrasou o processo em quatro semanas e, segundo analistas, semeou dúvidas nos mercados a respeito da produtividade final e da qualidade dos grãos.

Os produtores norte-americanos finalmente puderam ter um clima ideal para colheita em novembro – dias quentes e ensolarados que permitiu que eles trabalhassem noite e dia para colher e secar os grãos úmidos. Mas essa sorte parece estar acabando. Serviços de meteorologia já prevêem chuva para o cinturão de milho entre hoje e amanhã.

Essa é uma má notícia especialmente para o milho, já que apenas metade dos 13 bilhões de bushels deve estar fora dos campos até domingo. Em contraste, eles estimam que a safra de soja deve estar em 90% quando o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgar seu relatório do progresso das safras, na próxima segunda-feira.

Seca na Argentina
Entre as maiores preocupações do mercado de grãos atualmente, a colheita de milho e o clima na América do Sul estão no topo. É o que afirma Brian Basting, analista da Advance Trading, referindo-se a seca nos campos da Argentina.

O terceiro maior produtor de soja do ano está na metade do plantio de sua próxima safra. Embora ainda esteja muito cedo para se animar com a estiagem e ameaças potenciais ao rendimento, as traders estão hiper sensíveis às condições climáticas na Argentina, depois que uma forte seca reduziu drasticamente a safra do ano passado. A preocupação número um, agora, é com Córdoba, importante região produtora.

Investidores afirmam que qualquer rally na soja de Chicago provavelmente estará atrelado às vendas sul-americanas, para precificar a nova safra. Essa ação já teria sido detectada na sexta-feira.

“Quando a soja subiu acima dos US$ 10 no contrato de março, nós vimos vendas na América do Sul”, disse um operador da Bolsa de Chicago.

Além disso, o USDA, no dia 11 de novembro, trouxe sua previsão otimista para as próximas safras sul-americanas. As estimativas para a safra do Brasil cresceram 1 milhão de toneladas, para 63 milhões, e da Argentina também aumenta 500 mil toneladas, para 53 milhões de toneladas. A safra dos EUA está em 90,3 milhões de toneladas.

Além das notícias relacionadas ao clima e às colheitas, o dólar americano continua sendo a maior influência nos preços das commodities. Geralmente, o movimento é inverso. O dólar enfraquecido provoca queda nos preços dos produtos de exportação dos EUA e atrai investidores que compram commodities como proteção contra a inflação.

“Nos últimos meses em que o dólar americano esteve fraco, o milho futuro subiu em 72% do período”, afirmou David Hightower, da Hightower Report.


Fonte: REUTERS.