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LA NINÃ PODE DAR SUSTENTAÇÃO AOS PREÇOS DAS COMMODITIES AGRÍCOLAS.

Publicada em 23/08/2010 às 14:58:22

LA NINÃ PODE DAR SUSTENTAÇÃO AOS PREÇOS DAS COMMODITIES AGRÍCOLAS.La Niña pode dar sustentação aos preços das commodities agrícolas.


INTERNACIONAL - Depois do impacto da seca na Rússia e das enchentes no Paquistão, os mercados de commodities podem se deparar com um novo suporte para os preços: o La Niña.
O fenômeno climático, causado por uma queda na temperatura das águas do Pacífico, pode alterar a incidência de chuvas e os padrões de temperatura em várias das principais áreas de produção agrícola do mundo.

O efeito em produções individuais é difícil de ser previsto, assim como o efeito negativo nas condições produtivas em uma área pode ser balanceado com condições melhores em outros locais. Mas com os mercados já aquecidos com a seca na Rússia e o embargo às exportações de grãos, os negociadores já se preparam para uma longa volatilidade gerada pelo clima.


Meteorologistas dizem que as condições do La Niña já começaram e provavelmente se mantenham pelo resto do ano, atingindo seu clima em dezembro – o que significa que o impacto mais expressivo deve ser sentido no hemisfério Sul, nos celeiros de países como Argentina, Brasil, África do Sul e Austrália.

Um representante do Instituto Australiano de Meteorologia afirmou que no momento o mundo passa pelos primeiros estágios do fenômeno. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos prevê que o La Niña deve se estender até o começo de 2011.

O atual La Niña vem “nas costas” do mais forte El Niño desde 1997, que se dissipou em maio. O fenômeno causou uma seca generalizada, fazendo com que os primeiros sete meses de 2010 fossem os mais quentes já registrados e contribuindo para uma alta nos preços das matérias primas, como o açúcar e a borracha.

Os últimos dois meses têm demonstrado a influência dos eventos climáticos nos mercados de commodities. Enquanto a safra de grãos da região do Mar Negro foi devastada pela seca, os fundos de hedge viram uma possibilidade de ganhos de lucros apostando que os preços deveriam continuariam subindo. Desde então, o custo do trigo subiu 60% e os preços do milho avançaram mais de 20%.

Enquanto o La Niña pode aumentar a produção de algumas culturas, como o milho em regiões da África do Sul, os investidores estão mais focados nas quebras de safra que o fenômeno pode causar. Os negociadores estão de olho na Argentina – que é o segundo maior exportador de milho e o terceiro maior de soja, para onde o efeito deve levar clima seco e, por consequência, a redução da produtividade.


Fonte: FINANCIAL TIMES.