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Sojicultores adotam cultura de crotalária na entressafra da soja para substituir o milheto.

Publicada em 03/02/2014 às 22:09:13

Sojicultores adotam cultura de crotalária na entressafra da soja para substituir o milheto.Sojicultores adotam cultura de crotalária na entressafra da soja para substituir o milheto.
Inserido em Rotação de culturas por Admin em 27 de janeiro de 2014.


Plantio de crotalária na entressafra da soja está se difundindo em Mato Grosso, em substituição ao milheto ADR 300 e 70-10, como alternativa para reduzir a densidade populacional de nematoide. Mais eficaz, a substituta consegue diminuir melhor a densidade populacional do nematoide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus), se comparado com os resultados obtidos pelo uso do milheto.

Porém, o custo é mais elevado. Ao cultivar 200 hectares com crotalária, o produtor irá desembolsar no mínimo R$ 14,4 mil, investimento 140% maior que o empregado para o cultivo do milheto, que exigiria R$ 5 mil. Resultado é obtido considerando o custo médio do quilo da semente de milheto (R$ 2,50) e de crotalária (R$ 6) e a quantidade mínima semeada, sendo 10 quilos/há para o milheto e 12 quilos/ha para a crotalária.

Produtor Celso Antonio Nicaretto, da fazenda Pleno Verão, diz que comprou as sementes de crotalária na região Sul do Estado, pagando cerca de R$ 7,50 (kg). “Plantei 200 hectares no mês passado, logo após a colheita da soja”. Influenciado por vizinhos, Nicaretto diz que optou por investir na cultura, após observada eficácia no controle do nematoide.

Na região Leste do Estado, o produtor José Luiz Steffen diz que pretende plantar a crotalária logo após a colheita da próxima safra de soja. “Plantei2,990 mil hectares de soja e 300 hectares de milho este ano”. Pesquisadora Ligia Rossetto Lopes cita o caso de um produtor de Nova Mutum que colheu 22 sacas de soja por hectare com a incidência do nematoide e após rotação com a crotalária a produtividade obtida subiu para 52 sacas por hectare.

Mas, acrescenta, cabe ao produtor avaliar qual alternativa é mais viável economicamente, mas considera que ofator de reprodução do nematoide com uso do milheto é de 0,2% e com a crotalária é zero. Essas cultivares funcionam como uma armadilha, atraindo e aprisionando larvas de nematoides. “Por enquanto, o manejo mais adotado no Estado é do milheto, para formação de palhada e controle da doença”.

Mas, acrescenta a pesquisadora, com as perdas causadas nos últimos 3 anos, a crotalária passou a ser adotada em todas as regiões produtoras de soja e milho de Mato Grosso. Antes de optar por qualquer uma das duas alternativas, Rossetto orienta o produtor a consultar um técnico ou engenheiro agronômo. Decisão deve ser baseada na análise nematológica, realizada por laboratórios de confiança no Estado. “O Pratylenchus não é fácil de controlar, ao contrário dos nematoides de galha e cisto, porque esses já tem cultivares de soja e milho resistentes a eles”.


Fonte: n.a e aprosoja